- Livro: Memórias de um Sargento de Milícias
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
INFORMAÇÃO
terça-feira, 30 de novembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
domingo, 7 de novembro de 2010
ENEM: FAIL 2!!!
O JC Online informou, em primeira mão em todo o país, às 13h26 o tema da redação. Um repórter do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC) driblou a segurança e entrou no local de prova com um celular. Antes do horário mínimo de saída dos estudantes, às 14h no horário de Pernambuco, o repórter foi até o banheiro e passou um torpedo com o tema.
Já o segundo texto de apoio tem como título "O fututo do trabalho" e traz o trecho de uma reportagem da Revista Galileu. O texto diz que as perspectivas para o ano 2020 é que a maioria das pessoas estará trabalhando em casa e terá um chefe com menos de 30 anos, que provavelmente será uma mulher. Para ilustrar o texto, uma fórmula matemática foi criada: T + (MA + QV + I) x Globalização. Uma legenda informa que T significa trabalho; MA, meio ambiente; QV, qualidade de vida e I, inovação.
As redações elaboradas pelos estudantes devem ter entre 10 e 30 linhas. Os textos com menos de 10 linhas não serão corrigidos.
ENEM: FAIL!!!!!
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
ISMÁLIA
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...
(E...NEM) ME PERGUNTE POR QUÊ!!!!!!
Enem veta relógio e lápis e cria polêmica
Margarida Azevedo Do Jornal do Commercio
“Participei do Enem ano passado. As provas são muito cansativas e na sala, ficamos sem noção do tempo. Um relógio é fundamental para controlar as horas. Quando demorava muito numa questão, passava logo para outra”, conta o vestibulando Arnaldo Lapenda Júnior, 19, candidato ao curso de engenharia civil. “Vão proibir dois instrumentos primordiais no Enem. Sem relógio, o jeito será ficar perguntando a hora aos fiscais, o que pode atrapalhar a concentração dos outros candidatos. Responder as questões de caneta é ruim porque o espaço de rascunho é muito pequeno”, afirma Dayse Ferreira, 18, fera de medicina.
O professor de biologia Fernando Beltrão, que mantem um cursinho pré-vestibular no Recife, diz que vai ingressar na Justiça. “Também sou candidato pois estou inscrito no Enem. Vou exigir que me deixem fazer o exame com relógio ou que disponibilizem um relógio na sala. Sobre a proibição do lápis, ou permitem que eu utilize-o ou terão que fornecer papel suficiente para rascunho”, afirma Fernando Beltrão.
Ele estimulará seus alunos a fazer o mesmo. “O tempo é fator crucial no Enem. Há quatro horas e meia para responder 90 questões que, se forem como ano passado, serão longas e cansativas. O relógio ajuda na distribuição do tempo”, destaca o professor. Fernando também vai sugerir aos alunos que levem um relógio de parede e doem à escola ou instituição em que farão as provas.
Segundo o edital do Enem 2010, estão proibidos também borracha, apontador, lapiseira, livros, manuais, impressos, anotações, máquinas calculadoras e agendas eletrônicas, telefones celulares, pagers, bip, walkman, gravador e mp3.
SEGURANÇA - O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo Enem, ressalta que há modelos de relógios que transmitem e recebem dados. Por isso, a proibição é uma medida de segurança, pois não há como checar o relógio de todos os 4,6 milhões de inscritos no Enem. Em relação à proibição do lápis, é uma questão de uniformidade, para que todos os candidatos tenham as mesmas condições de realização das provas.
Publicado em 21.10.2010, às 00h15
sábado, 16 de outubro de 2010
SUGESTÃO DE LEITURA...
A história foca um grupo de pessoas comuns tentando sobreviver no que se tornou o mundo após uma infestação de zumbis. Um dos pontos fortes da série é ir além da pura e simples carnifiça e explorar também conflitos internos, disputas de poder e até mesmo levantar críticas sociais. vocês podem encontrar essa série traduzida (do n° 1 até o nº 77) no blog action comics 2.
DIA DO PROFESSOR(A)???
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Presidente ou Presidenta?
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
MAS x MAIS
Contando o caso de Jô Joaquim, em determinado ponto, ele coloca um parágrafo apenas com MAS, para introduzir elementos contrários ao que disse. Depois de outros tantos parágrafo, surge MAIS, também solto, para acrescentar informações novas. Com isso, deu uma verdadeira aula de Português, sem citar regras e colocando um divisor de águas entre os dois termos.
Magis, do latim, passou para o português com dupla personalidade, assumindo as duas formas: mais, que significa adição, e mas, que marca uma advertência com argumento contrário. A forma como pronunciamos o S já é motivo de confusão pois dá a impressão de que vem ao lado de I. Por isso muitos escrevem : Partiu mais não deixou saudades.
O contrário, trocar mais por mas, é raro. Em algumas regiões brasileiras pronuncia-se a conjunção adversativa mas, com ligeira nasalação. A pronúncia, embora não canônica, previne o desvio da escrita. Outro uso equivocado na fala popular é mais com valor de com: "Eu vou mais tu" por "Eu vou contigo". Na fala popular, o S é engolido e diz-se mai.
Mais também serve como reforço à negação: Não quero mais. Não vou mais. Jamais é também parente, vindo latim iam +magis.
Quanto ao mas, ele é, por excelência, um operador argumentativo, que introduz um argumento contrário ao que já foi dito: Votei em X , mas me arrependi. Apesar de adversativa pode ser usada para introduzir uma pergunta: Mas, como vai seu pai?
Indica , algumas vezes, dúvida ou suspensão de pensamento, sobretudo se acompanhada de reticências : Gostaria de ir à festa , mas não sei se devo. Ele será reconduzido, mas.... Segundo Othon Garcia, mas acentua fortemente a oposição e quase incompatibilidade de idéias: Acabou o tempo das revoluções mas começou o tempo das revelações.
Segundo Celso Cunha, sempre aparece no começo da oração e pode ter valor de restrição: Ele foi convocado, mas para serviço temporário. Também é usado com valor de retificação: O senador está agitado mas disfarça. É usado para mudar a sequência de um assunto, suspendendo o anterior, na fala e na escrita. Agradeço sua atenção, mas como está de saúde?
Apesar de usos tão variados, mas não equivale à aditiva e, pois enquanto esta (e), sendo aditiva, soma, aquela (mas), sendo adversativa, não o faz .
Vejamos o último exemplo: Os presos não terminaram a educação básica e 60% deles estão desempregados. Trocando-se o e pelo mas, a frase perde o sentido. No entanto, esta troca equivocada é de uso frequente na fala e na escrita, atingindo por vezes a redação das noticias. Como lembra Othon Garcia, e foi dito acima, MAS não pode equivaler a E, pois acentua a oposição e não pode significar adição.O conhecimento de detalhes da língua facilita a compreensão do leitor e garante o fluxo do texto.
Vamos tomar lições com Guimarães Rosa.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
É...poesia....e a guerra continua....
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
Oswald de Andrade
(1890-1954)
Na poesia moderna..."norminha" vai de Bebiribe - Derby!!!
terça-feira, 31 de agosto de 2010
ALYCE REVOLUTION
mas estava enganada,
alimentei um sonho que nunca iria dar em nada
fico confusa sem saber oque fazer
até tento te esquecer mas quando fecho os olhos eu só enchergo você,
Pelo meu rosto a lágrima escorre,
quando penso que nunca vou te ter
minha alma quase morre
Amo o teu olhar
amo o teu sorriso
me desculpe se te amo demais
é que meu coração brigou comigo
quero te esquecer
mas meu coração não
como posso tirar da cabeça o que não sai do coração
se o meu sorriso mostrasse o fundo da minha alma
muitas pessoas ao me ver sorrindo chorariam comigo
e é por isso que já que não tenho você
quero parar de sofrer
mas pra isso só tem uma solução
arrancando você de dentro do meu coração.
Alyce aluna e ainda poeta da 8ª série "E" do Jureminha.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
POESIA NO BLOG DO JUREMINHA 2 "Reloaded"
Quem queria que me encontra-se e não me encontrava Estas lágrimas que largava, eram por estar assustada
Por dar tudo a quem e alguém que nunca me deu nadaVida amaldiçoada amar quem nunca me amou
Se nunca dele tive carinho, porque será que o coração se apaixonou
Não entendo, porque somos obrigados a sofrer
Amar quem não nos ama, até desistir ou esmorecer
Mas ele é tão forte e ataca sem qualquer arrependimento
Quando vemos seu sorriso, quando focamos seu olhar
O coração palpita, e não quer mais descansar
Na cabeça guardadas, enquanto o coração faz feridas
A alma corrói por ver o que não deseja
Nas feridas trago raiva de quem me faz inveja
Mas cada passo teu mantêm a minha chama acesa
Será que conseguirei, amar novamente como te amei
Por agora não sei, provavelmente nunca saberei.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
POESIA NO BLOG DO JUREMINHA
Sentada e só, pensava em quem eu amava,
Quem queria que me encontrasse e não me encontrava.
Estas lágrimas que largava era por estar assustada,
Por dar tudo a alguém que nunca me deu nada.
Vida amaldiçoada amar quem nunca me amou.
Se nunca dele tive carinho, por que será que o coração se apaixonou?
Não entendo porque somos obrigados a sofrer,
Amar quem não nos ama até desistir ou esmorecer.
É preciso força pra dizer não ao sentimento,
Mas ele é tão forte e ataca sem arrependimento.
Quando vemos seu sorriso, quando focamos seu olhar,
O coração palpita e não quer mais descansar.
A boca tenta falar mas as palavras ficam retidas,
Na cabeça, guardada enquanto o coração faz feridas.
A alma corrói por ver que não deseja,
Nas feridas trago raiva de quem me faz inveja.
Descobri e aprendi que não serei sua princesa,
Mas cada passo teu mantém minha chama acesa.
Será que conseguirei amar novamente como te amei?
Por agora não sei...nunca saberei...
Alicy aluna e poeta da 8ª série "E" do jureminha.
domingo, 22 de agosto de 2010
terça-feira, 10 de agosto de 2010
DIA DO ESTUDANTE
terça-feira, 20 de julho de 2010
Temas da produção textual (redação) do vestibular da UFPE.
Enchentes foram um dos temas das redações da UFPE
Do JC Online
Língua Portuguesa no Enem.
domingo, 4 de julho de 2010
Beberibe Derby...para a seleção "brasileira".
E, recordemos, os sul-africanos têm motivos históricos, contas a acertar com os antigos colonizadores, os holandeses.
Felipe Melo de volta ao time, que já se aqueceu e voltou aos vestiários. Pintaram o gramado, que é irregular, ruim.
Dia lindo, tarde de sol e 24 graus, mais um belo estádio – e futuro elefante branco – o Nelson Mandela Bay de Port Elizabeth. As torcidas fazem festa. Na bancada da mídia, tensão.
A Seleção, de camisas azuis, no túnel de acesso. Dunga, gripado, já no banco, repetindo o casacão Herchcovitch. A câmera no rosto do técnico, que expira, não há como esconder a ansiedade, a tensão.
Ao contrário de outras partidas, não há sorrisos no túnel de acesso, salvo quando Boulahrouz se aproxima, abraça Luis Fabiano e Daniel Alves.
Robben, o astro holandês, passa a mão esquerda nos lábios e a câmera flagra: um esparadrapo no anular… e os dedos estão tremendo.
Lúcio lê mensagem da FIFA contra o racismo e, por conta própria, em inglês, acrescenta um “Deus te abençoe”: God Bless you.
Bola rolando.
Van Bommel encrenca com Luis Fabiano, que reage, aos 2’. Robben encena. Empurra-empurra aos 3’. A Holanda encena a cada chegada do Brasil. O juiz é japonês, Nishimura.
Gol aos 7’. O bandeira marca impedimento de Daniel Alves, meia perna, antes de Robinho fazer o gol.
Lançamento sensacional de Felipe, que levanta a cabeça, vê Robinho se deslocando por trás da zaga e joga a Jabulani no vazio. Diante de Stekelenburg, Robinho executa, com um toque de pé direito faz um a zero aos 9’.
Galvão Bueno, nosso Himalaia de convicções, opina:
Aos 22′, Galvão engasga e fica rouco. Quiçá, a praga viral, via web. Galvão calado por alguns segundos. A voz quase não sai. Arnaldo e Casagrande comentam enquanto o narrador tenta se recuperar.
Aos 15’, Lúcio brinca, comete o erro que vem ensaiando em toda sua, grande, Copa, e dá um presente.
Lúcio lança Kaká, mal, Michel Bastos, na esquerda, se queixa.
Robben encena de novo, o juiz marca. Dunga enlouquece diante do banco e do juiz, e encena a loucura.
Daniel toca aos 24 e Juan quase faz o segundo.
Robinho enrosca, dribla, ginga, dribla de novo e toca para Kaká. A Jabulani ia no ângulo esquerdo, em curva para dentro, mas Stekelenburg vai buscá-la com ponta dos dedos. Quase um golaço de Kaká.
Escanteio migué de Robben, que dá um toque mínimo e deixa a bola no lugar, para ninguém perceber uma jogada ensaiada, mas Daniel Alves se toca e estraga a surpresa holandesa.
Falta. Julio Cesar defende. E beija a Jabulani.
O juiz, depois de ter avisado, amarela Michel Bastos.
O quarto árbitro chega em Dunga, que havia acabado de sapatear e espernear novamente, contra Nishimura. Juiz japonês para um jogo pegado e catimbado como esse? Encrenca garantida.
Contra-ataque, Daniel rola para Maicon, final de jogada que lembra o gol de Carlos Alberto Torres em 70, o quarto contra a Itália. Maicon bate, o goleiro trisca na bola, o bandeira não dá o escanteio.
Dunga esperneia, soca a própria mão, esbofeteia a lateral do banco de reservas.
Júnior, ex-lateral esquerdo da Seleção, analisa:
Arnaldo Cezar Coelho se penitencia:
Fim do primeiro ato.
De novo lembram 70. Felipe Melo, como Clodoaldo no gol da Itália, inventa um calcanhar a 1’ do segundo tempo. Por sorte, a zaga do Brasil atenta.
Michel faz falta em Robben, que encena. Jorginho fala algo com Dunga. Ou trocam Michel Bastos ou será expulso.
Cruzamento de Sneijder. Julio Cesar e Felipe Melo trombam no ar, aos 8’. Gol da Holanda.
Outro dramático Brasil x Holanda.
Kaká, aos 19’, mata no peito e bate. Raspando a trave.
O Brasil sentiu o primeiro gol, não se encontra mais em campo. Escanteio, Kuyt se antecipa a Luis Fabiano e trisca, Sneijder, sem que Felipe Melo encoste, faz o segundo.
Felipe Melo, aos 28’, encarna o papel de vilão, por tantos desenhado para ele na Copa. Faz falta em Robben, pisa no holandês que está no chão. É expulso.
O Brasil mais que perdido, desarvorado em campo. A Copa começa a ficar distante. A multinacional torcida silencia, os holandeses festejam.
Faltam 11’. Falta para a Holanda. Van Persie. Na arquibancada.
Agora, a se cumprir a tradição verde-amarela, caça aos culpados, como em 2006, quando o eleito foi Roberto Carlos.
Ronaldo(o que era o fenômeno), no twitter:
Absolutamente dispensável o comentário, justo ele que já viveu a boataria e perseguição depois da final em 1998.
Juan e Julio Cesar se desentendem, descontrole total. O Brasil entregue, sem capacidade alguma de reação, os jogadores já sabem que estão fora da Copa, desistem da luta. A Holanda não faz o terceiro porque não força, porque brinca diante de Julio Cesar.
Fim do segundo ato.
Jorginho de cabeça baixa. Dunga não espera seus comandados, desce para os vestiários. Lágrimas nas arquibancadas, irritação da bancada de imprensa.
domingo, 20 de junho de 2010
Opinião!!!!
FUTEBOL NO BRASIL
O futebol, principalmente a partir dos anos 60, foi tachado por muitos intelectuais, em geral de esquerda, de ser utilizado pelo Estado para distração, alienação das massas, como um dos “ópios” do povo, para assim mantê-lo desligado das decisões políticas. Essa crítica ao futebol se acentuou durante o período da ditadura militar, quando a conquista do tri-campeonato mundial pelo Brasil ocorreu simultaneamente ao acirramento da repressão militar e ao ufanismo do “milagre brasileiro”, desenvolvimento econômico aparente promovido pelos militares.
Podemos dizer que essa visão é coerente e que a alienação promovida pelo futebol não se restringiu ao período militar. Na “democracia” instalada em seguida, podemos ver a força com que o futebol distrai as massas. E agora, temos mais um fator: a consolidação da exploração do futebol pelo consumismo. As técnicas de marketing utilizam muito bem as paixões dos torcedores por seus clubes e ídolos.
Mas por outro lado, o futebol, no caso do Brasil, traz em seu seio uma íntima relação com os brasileiros negros, mulatos, brancos e pobres de periferia. O futebol foi implantado no Brasil, na virada do século XIX para o XX, como um esporte das elites, seguindo uma onda da época para imitar os padrões europeus de lapidação física. Por ironia do destino e algumas relações peculiares entre as características desse esporte e das massas pobres brasileiras, estas foram se apropriando do futebol e dando-lhe sua cara, com a ginga, a criatividade, a alegria e espontaneidade desse povo sofrido, negro, mulato, mestiço. E graças a esta ginga e criatividade, o Brasil conseguiu a hegemonia mundial nesse esporte.
E tradicionalmente, indivíduos pobres, mestiços, brancos ou não, têm alcançado realização pessoal e auto-estima, através do futebol e também da música e da cultura, artes intimamente ligadas com esse esporte. Essa cultura popular foi se transformando numa espécie de identidade brasileira, rejeitada por muitos, sob acusação de que é um estereótipo, uma caricatura de Brasil.
Esse é o grande dilema que temos frente a esses elementos da cultura popular brasileira. Além da alienação política, corre-se o risco de o Brasil continuar sendo bom só nisso, a velha máxima do país do futebol e carnaval. E internamente, os negros e pobres continuarem tendo hegemonia, mas só como jogadores de futebol e cantores de samba (hoje, pagode).
O futebol traz em si esta dicotomia: pode ser ao mesmo tempo libertário e alienante. Pode significar auto-estima e oportunidades aos excluídos, mas pode também limitá-los. Eu acredito que o futebol, a música e a cultura podem ser melhor explorados em sua relação espontânea com as massas e como identidade brasileira. Porém, com o cuidado de não restringir o povão só a isso, mas usar esta relação como um trampolim de autoconfiança, para se galgar outras conquistas.
COPA DO MUNDO!!!
Todos os olhos estão voltados para o continente africano. Por conta da Copa do Mundo 2010 na África do Sul. O continente mais pobre do planeta está em destaque na imprensa mundial. Porém, será por pouco tempo, mais precisamente o tempo que durar a Copa. Depois voltará a ser como era antes: só os gigantes do PIB, realmente, interessam.
sábado, 5 de junho de 2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
domingo, 23 de maio de 2010
Ler é lição que vem de casa
Carlos André Moreira e Paulo Germano
A situação do livro no Brasil é crítica, a juventude não lê nada, a escola não ajuda, os brasileiros leem pouco. Os exemplos acima são lugares-comuns repetidos exaustivamente quando o assunto em pauta é o índice de leitura dos brasileiros. Para choque dos alarmistas, quase todos estão errados: crianças e adolescentes formam a maior parcela de leitores no Brasil. Em parte, graças à escola. E sempre com apoio fundamental da família.
A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada há alguns meses pelo Instituto Pró-Livro, entidade que congrega instituições do setor, como a Câmara Brasileira do Livro, colocou pela primeira vez em termos científicos noções que até ali eram apenas intuídas, e permite uma ampla gama de abordagens a problemas envolvendo a disseminação do livro no Brasil. No mês em que se comemoram o Dia Internacional do Livro e o Dia Nacional do Livro Infantil, a pesquisa apresenta dados que, se estão longe do ideal, mostram um quadro menos pessimista.
– O índice de leitura no Brasil é muito melhor do que se esperava, porém ainda aquém do que se poderia chegar. Mas há notícias boas. Somos um país de 95 milhões de leitores – e dois terços deles vêm da escola. A leitura na infância está sim, ocorrendo. – comenta Galeno Amorim, coordenador da pesquisa.
Outro clichê recorrente quando se trata do assunto são críticas ao papel da escola como formadora de leitores, e elas são, sim, em parte justificadas. As pessoas leem na escola e abandonam o hábito à medida que se afastam dela – o que talvez falte seja a capacidade de envolver a leitura não apenas na aura de obrigação, e sim de encantamento, algo que passa pelo ambiente familiar. Tanto que a maioria dos que se definiam leitores na pesquisa (ou seja: que haviam lido um livro nos últimos três meses antes da entrevista) tinham como lembrança o incentivo da mãe e situações em que os pais liam para eles na infância. A consolidação do aprendizado da leitura se dá em casa.
– O nosso imaginário da leitura tem como referência a família. O professor pode ser bom, mas o que fortalece o ambiente de leitura é a ação dos pais – comenta Regina Zilbermann, professora de Letras na UFRGS.
Com ela, concorda o psicanalista e escritor de obras voltadas para crianças e adolescentes Celso Gutfreind. A leitura, na infância, precisa começar como uma curtição em grupo, segundo ele:
– Ler é ter prazer com a imaginação. E a imaginação não é algo que se desenvolve sozinho – ressalta Gutfreind.
Quem não lê é o adulto
Crianças em idade escolar normalmente leem mais do que os adultos por três fatores: crianças e jovens têm mais tempo livre, precisam ler por exigência da escola e nela têm mais facilidade de acesso aos livros. O grande nó está em como fazer essa população escolar continuar lendo depois de sair do colégio.
– A pesquisa mostrou que essa mesma escola ainda falha na tarefa de formar leitores para a vida toda. – diz Galeno Amorim, diretor do Observatório do Livro e da Leitura e coordenador da pesquisa do Instituto Pró-Livro.
Há mais de uma razão para isso: a entrada no mundo profissional reduz o número de horas livres para a leitura, e a própria relação do aluno com a leitura na escola é associada com uma experiência obrigatória, a ser abandonada na primeira oportunidade.
– Sempre se diz que o jovem não lê, mas o que se vê é que o jovem lê, quem não lê é o adulto – ressalva Amorim. – Quando você pergunta aos estudantes a que associam os momentos de leitura, 60% diz que associa com prazer, e só 32% falam que associam com obrigação. O jovem gosta de ler, tem de ser é seduzido do modo certo.
A região sul tem a maior média de livros lidos por habitante, e o Estado tem uma boa média de leitura em comparação com os demais, 5,5 livros por habitante ao ano. Já a região "Noroeste" do Rio Grande do Sul apresenta o maior índice de leitura de todo o Estado: 6,6 livros por ano – e não por acaso é a área que inclui Passo Fundo, mostrando que duas décadas de Jornada Nacional de Literatura tiveram efeito positivo na formação permanente de leitores. Com política séria, os efeitos aparecem.
Mais expressões redundantes...
"A criança sofreu uma HEMORRAGIA DE SANGUE e foi parar no hospital." | |
"HÁ muito tempo ATRÁS fui à Portugal." | |
"Ela é LOUCA DA CABEÇA!" | |
"O rapaz se INFILTROU DENTRO da festa sem ser convidado." | |
"Pessoal, não vamos ADIAR PARA DEPOIS esta reunião!" | |
"Será que tenho OUTRA ALTERNATIVA?" | |
"Eu e meu marido CONVIVEMOS JUNTOS durante dois anos." O verbo conviver já expressa a idéia de "viver com", "junto". | |
"A professora ACRESCENTOU MAIS UMA ideia ao projeto." Será que ela poderia acrescentar "menos" uma ideia? |
Expressões Redundantes
Expressões Redundantes
Ocorre redundância quando, numa frase, repete-se uma ideia já contida num termo anteriormente expresso. Assim, as construções redundantes são aquelas que trazem informações desnecessárias, que nada acrescentam à compreensão das mensagens. No dia a dia, muitas pessoas utilizam tais expressões sem perceber que, na verdade, são inadequadas. Veja a seguir frases com expressões redundantes frequentemente utilizadas:
"Eu e minha irmã repartimos o chocolate em METADES IGUAIS." | |
"O casal ENCAROU DE FRENTE todas as acusações." | |
"A modelo ESTREOU seu vestido NOVO." Seria possível que ela estreasse um vestido "velho"? | |
"Adoro tomar CANJA DE GALINHA." | |
"O estado EXPORTOU PARA FORA menos calçados este ano." | |
"Quando AMANHECEU O DIA, o sol brilhava forte." | |
"Tiradentes teve sua CABEÇA DECAPITADA." |
quinta-feira, 20 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
RESENHA CRÍTICA
O objetivo da resenha é guiar o leitor pelo emaranhado da produção cultural que cresce a cada dia e que tende a confundir até os mais familiarizados com todo esse conteúdo.
Como uma síntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de pura descrição com momentos de crítica direta. O resenhista que conseguir equilibrar perfeitamente esses dois pontos terá escrito a resenha ideal.
No entanto, sendo um gênero necessariamente breve, é perigoso recorrermos ao erro de sermos superficiais demais. Nosso texto precisa mostrar ao leitor as principais características do fato cultural, sejam elas boas ou ruins, mas sem esquecer de argumentar em determinados pontos e nunca usar expressões como “Eu gostei” ou “Eu não gostei”.
Tipos de Resenhas:
Até agora eu falei sobre as resenhas de uma forma geral e livre e esses dados são suficientes para você já esboçar alguns parágrafos.
Na resenha Acadêmica Crítica, os oito passos a seguir formam um guia ideal para uma produção completa:
- Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo que você vai resenhar;
- Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado;
- Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;
- Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir claramente o texto resenhado;
- Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso, porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.
- Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.
- Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.
- Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e fala algo como “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”
Na Resenha Acadêmica Descritiva, os passos são exatamente os mesmos, excluindo-se o passo de número 5. Como o próprio nome já diz, a resenha descritiva apenas descreve, não expõe a opinião o resenhista.
Finalmente, na Resenha Temática, você fala de vários textos que tenham um assunto (tema) em comum. Os passos são um pouco mais simples:
Apresente o tema: Diga ao leitor qual é o assunto principal dos textos que serão tratados e o motivo por você ter escolhido esse assunto;
Resuma os textos: Utilize um parágrafo para cada texto, diga logo no início quem é o autor e explique o que ele diz sobre aquele assunto;
Conclua: Você acabou de explicar cada um dos textos, agora é sua vez de opinar e tentar chegar a uma conclusão sobre o tema tratado;
Mostre as fontes: Coloque as referências Bibliográficas de cada um dos textos que você usou;
Assine e identifique-se: Coloque seu nome e uma breve descrição do tipo “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”.
Conclusão
Fazer uma resenha parece muito fácil à primeira vista, mas devemos tomar muito cuidado, pois dependendo do lugar, resenhistas podem fazer um livro mofar nas prateleiras ou transformar um filme em um verdadeiro fracasso.
As resenhas são ainda, além de um ótimo guia para os apreciadores da arte em geral, uma ferramenta essencial para acadêmicos que precisam selecionar quantidades enormes de conteúdo em um tempo relativamente pequeno.
Agora é questão de colocar a mão na massa e começar a produzir suas próprias resenhas!...E só para lembrar... estamos trabalhando com a Resenha Crítica.
Leiam o Conto!!!!
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.